CPTM registra queda no número de passageiros na Linha 10
Única opção de transporte público que foge do caos das
ruas e trânsito intenso no ABC, a Linha 10 – Turquesa (Brás-Rio Grande da
Serra) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) registrou queda na
média de passageiros transportados em dias úteis, entre 2015 e 2017. Problemas
recorrentes no ramal e a concorrência com aplicativos de transportes
individuais podem explicar a redução da demanda.
Em 2012, a Linha 10 registrou a média de 393 mil
passageiros transportados por dia útil, mas apresentou queda no ano seguinte
para 348 mil. Em 2014 e 2015, a demanda no ramal cresceu novamente para 355 mil
e em seguida para 364 mil usuários, respectivamente. No entanto, após esse
pico, o modal teve outra redução na quantidade de pessoas em 2016 e 2017, com
350 mil e 341 mil, na mesma ordem.
As reclamações de usuários podem explicar a falta de
crescimento constante na utilização dos serviços da CPTM na região. Lotação nos
vagões, lentidão da composição, demora ao embarque na estação e os constantes
problemas técnicos são algumas das queixas de quem precisa da Linha 10, para se
deslocar ao trabalho, lazer e estudos.
Para driblar a concentração do sistema metroviário em São Paulo, a
CPTM implantou no fim de 2016, o Expresso ABC. De segunda a sexta-feira, o
serviço permite viagens diretas entre as estações Prefeito Celso Daniel-Santo
André, São Caetano e Tamanduateí, na Capital, onde há a opção de baldeação para
Linha 2 – Verde (Vila Madalena-Vila Prudente) do Metrô.
Neste ano, a CPTM passou a incorporar na frota da Linha 10 os
trens da Série 7500, fabricados pela empresa espanhola CAF. Esses modelos foram
entregues a partir de 2011 e antes operavam na Linha 9-Esmeralda
(Osasco-Grajaú). Entretanto, a compra de novas composições no ramal do ABC tem
previsão para 2020, conforme projetou o gerente de Relacionamento e Marketing
da companhia, Sérgio Carvalho Júnior.
Mestre em transportes, Creso Peixoto explicou que a falta de
qualidade no serviço público e incentivo governamental ao carro próprio também
ajudam a explicar o cenário de queda na demanda da CPTM. O especialista, porém,
faz um complemento. “Se usar o aplicativo compartilhado, como a Uber Pool, em
uma etapa de viagem curta, o preço fica mais barato que o ônibus e trens”,
constatou.
De 2012 a 2018, a tarifa da CPTM e Metrô saltou de R$ 3 para R$ 4.
Fonte: Repórter Diário
Fonte: Repórter Diário
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